terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vai à praia? Fique esperto com sua saúde



Por Carolina Mesquita 

No verão, fica difícil não comprometermos nossos finais de semana ou folgas com visitas à praia. Mas isso não significa que tudo será às mil maravilhas. Você pode acabar herdando queimadura de pele, micose e outras coisinhas desagradáveis se descuidar. Para que nada atrapalhe os dias ensolarados, veja quais os principais problemas que podem estar escondidos na areia e nas comidas mais irresistíveis que te oferecem, e como se livrar deles. Bom, o primeiro passo é se instalar numa praia que esteja liberada pra banho e assim evitar micose ou viroses provocadas pela água poluída. Veja o que fazer. 

Radar ligado na alimentação

Camarão, queijo coalho, milho cozido, sanduíche natural... Esses petiscos invadem as praias de norte a sul do país. Mas é preciso ficar atenta. Alguns deles podem provocar intoxicação alimentar por conter a bactéria salmonella — encontrada em alimentos de origem animal, maioneses caseiras e pratos à base de ovos; Sthaphylococcus aureus — presente nas mucosas nasais humanas, feridas e alimentos contaminados por manipulação inadequada; entre outros. Os sintomas podem ser dor de barriga, náuseas, vômitos, infecções gastrointestinais e diarreia. E a falta de higienização das mãos e água também pode desencadear hepatite A. Por isso, não desgrude das dicas da nutróloga Luciana Carneiro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), e faça a sua parte.
Milho: A limpeza do ambulante é primordial. Além disso, o milho precisa estar armazenado em água quente por, no máximo, meio dia, e ficar totalmente imerso. Veja se está saindo vapor, isso indica que o alimento está em temperatura alta, e aí sim é uma opção segura e saudável de consumir. Só evite colocar manteiga/margarina, que, além de deixá-lo mais calórico, ela não é mantida sob refrigeração, o que aumenta o risco de bactérias.
Camarão frito: Mesmo sendo submetidos à alta temperatura na hora do preparo, muitas bactérias permanecem vivas e podem se multiplicar, enquanto os espetos são carregados, expostos ao sol. Aliás, todos os frutos do mar consumidos na praia são perigosos, especialmente as ostras.
Mate de galão: Ele é de altíssimo risco. Uma pesquisa avaliou 100 amostras da bebida e revelou que elas continham 50% a mais da quantidade de coliformes fecais permitidos, o que pode provocar diarreias e vômitos. A contaminação nesses casos pode acontecer de diversas formas: falta de higiene do vendedor e água contaminada utilizada para fazer o chá, o gelo e até para limpar o recipiente. A venda já foi proibida, mas não é respeitada.
Queijo coalho: Também não dá para descuidar. A maioria deles é feita de forma caseira. Por isso, pode conter vários micro-organismos, como a listeria, e coliformes causadores de infecções alimentares. O risco é um pouco reduzido se for muito bem assado.
Picolés: Evite picolés de marcas desconhecidas, pois não se sabe a procedência dos produtos utilizados.
Amendoim com casca: Pode ser fonte de contaminação pela toxina que vem do fungo chamado Aspergillus flavus, que provoca redução da imunidade e até câncer hepático. Essa contaminação pode acontecer durante o plantio ou armazenamento (locais úmidos).
Abacaxi: É importante saber se a faca que cortou a fruta foi higienizada corretamente. E, como fica exposto em cima do gelo, também não é possível saber que tipo de água foi usada, por isso pode estar contaminado. Isso tudo resulta em casos de intoxicação alimentar. A mesma regra vale para as saladas de frutas que são oferecidas.

Só depende de você

A primeira coisa a se fazer é ficar de olho no vendedor. “A pessoa não pode manipular o alimento e o dinheiro ao mesmo tempo. Veja também se os atendentes usam toucas, luvas e máscara e se as unhas estão aparadas e limpas”, sugere Carneiro.
Se for consumir em barracas, faça as mesmas observações. “E verifique se há água corrente para limpeza das mãos e se não tem moscas no local. Isso tudo é sinal de que existe uma preocupação com a limpeza”, alerta Michelle.
Verifique também se os comes e bebes são feitos na hora. “Evite aqueles preparados há mais de seis horas, que ficam expostos”, fala Luciana.
Sempre opte por levar seu próprio lanchinho. Michelle dá algumas dicas, que além de saborosas são mais saudáveis: • sanduíches naturais (feitos com pão integral, queijo branco, cenoura ou beterraba ralada) • castanhas (só não abuse da quantidade, pois são bem calóricas. Uma porção que caiba na palma da mão é suficiente) • frutas naturais e secas como damasco e ameixa. Só cuidado com as cítricas (abacaxi, figo, laranja e manga) que ao entrarem em contato com a pele podem manchar • tirinhas de vegetais (pepino, erva-doce, salsão) ou tomate cereja e cenoura baby • queijinhos pasteurizados • cookies e bolachas de pacotinho individual light ou integrais • sucos de garrafinha, água de coco e isotônicos são excelentes para repor os sais minerais perdidos durante um dia de praia • picolés à base de frutas (de marcas conhecidas) possuem pouquíssimas calorias • salada de frutas • barra de cereais.
Armazene sempre em isopor ou sacola térmica e deixe-a na sombra.
Evite sanduíches com maionese, frios, frituras e alimentos perecíveis, como salsicha e presunto.
Ao comprar bebidas em lata, lave-as ou passe álcool gel, o isopor que elas ficam pode ter muitas bactérias.
Não peça gelo para colocar na bebida. Não há como saber se a água utilizada é potável e o congelamento não mata as bactérias.
E na areia também
É preciso ter cuidado, nada de chegar se jogando na areia. Como é um local úmido, escuro e abafado, você tem grandes chances de contrair micose, afinal esse ambiente é superpropício à proliferação de fungos, que penetram na pele. Na areia, segundo o dermatologista Adilson Costa, também encontra-se a larva migrans (bicho geográfico), que vem das fezes dos cães e gatos. Ela penetra o corpo e caminha sob a pele, provocando coceira.

Só depende de você

- Evite o contato direto da pele com a areia usando roupas e chinelos.
- A coordenadora da Campanha Nacional Contra o Câncer de Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Selma Cernea, também lembra que é importante forrar o chão com esteira e toalha. Mas o melhor ainda é ficar em cadeiras ou espreguiçadeiras.
- “Tome duchas com água fria e corrente. Depois, seque-se com cuidado e não deixe a pele úmida. Isso é importante para evitar a penetração de germes”, detalha Costa.
Atenção total ao sol
Quando o sol volta a brilhar, parece que o humor melhora e o que mais queremos é aproveitar o verão. Mas é preciso cautela. O excesso de exposição pode provocar queimadura solar. “Os raios ultravioleta também alteram o DNA das células e podem trazer como consequência o envelhecimento da pele e o câncer”, alerta Costa. Além disso, o especialista explica que em excesso ele altera a barreira epidérmica e deixa a pele mais ressecada, áspera e opaca, o que facilita infecções oportunistas.

Só depende de você

Use roupas, de preferência escuras, para se proteger do sol. Uma camiseta azul-marinho equivale a um FPS 10. Também existem peças que já vêm com proteção.
Não se esqueça do chapéu. Ele deve ter abas largas para proteger o rosto, orelhas, pescoço e cabeça.
Óculos escuros são fundamentais. Escolha sempre aqueles com proteção contra os raios UVA e UVB.
“Também é importante ficar na sombra entre 10h e 15h, quando a radiação é mais intensa”, fala Selma.
E não deixe para mais tarde o uso de protetor solar com FPS de no mínimo 30. Não relaxe em casa Nada de chegar, tomar um banho e se jogar no sofá. “Tome banhos rápidos, com água de morna para fria, pouco sabonete, reaplicando, com a pele seca, um bom hidratante corporal”, sugere Adilson Costa. Agora você já sabe como se cuidar. Nada de vacilar, hein?
Como escolher o filtro solar?
“Peles mais claras devem ser protegidas com filtros que possuem fatores mais elevados”, explica Selma. O ideal é escolher um para o corpo e outro para a face. “Quem tem a pele do rosto oleosa ou com acne deve preferir os filtros em forma de gel ou oil-free. Em peles secas, dê preferência a loções cremosas”, explica Selma.
O FPS ideal: O número que está no rótulo é respectivo à proteção contra o UVB (raio ultravioleta B). “O mínimo recomendável é 30. Também é importante ver no rótulo se tem proteção contra o UVA”, alerta a dermatologista Selma.
Quantidade ideal: “O total para o corpo é de cerca de 6 colheres de chá, sendo ½ colher de chá para cada braço, cabeça e pescoço, 1 para cada perna e 1 para o tronco”, detalha a médica. E reaplique a cada 2 horas ou ao sair da água. “Se for aerosol, é importante passar uniformemente”, diz Costa.

Reprodução: Revista Shape

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nossas matérias

Diagnóstico de crianças e adolescentes

O diagnóstico da infecção pelo HIV transforma a vida de qualquer um. Quando se trata de uma criança, o cuidado deve ser maior. Dependendo da idade, a revelação é fundamental para o sucesso do tratamento desses jovens. Família e equipe médica precisam respeitar o momento de cada um, levando em conta o nível de informação, o contexto psicossocial e familiar.
Identificar o melhor momento e a forma de contar a soropositividade é um desafio. Não basta contar o diagnóstico. É preciso explicar todas as mudanças que a doença traz. Atualmente, é consenso entre os profissionais de saúde que a criança deve saber da infecção o quanto antes. O objetivo é chegar à adolescência consciente da doença, das suas responsabilidades e dos seus direitos.
A família ou os responsáveis pelas crianças e adolescentes soropositivos tendem a adiar a revelação, mesmo havendo indícios de que esses jovens já sabem ou desconfiam de sua condição. São várias as razões que levam os cuidadores a não contarem:
- Imaturidade da criança para compreender a doença;
- Possibilidade de reação emocional negativa;
- Medo do estigma;
- Receio de que a criança/adolescente fale sobre sua condição para outras pessoas, quebrando o sigilo e expondo a história familiar para terceiros (como a soropositividade da mãe e/ou dos pais);
- Sentimentos de culpa pela transmissão do HIV;
- Despreparo do adulto para falar sobre a doença.

Atendimento prejudicado

Quando a criança ou o adolescente não sabem da doença, o atendimento médico pode ficar prejudicado, pois a equipe médica não conversa abertamente sobre a AIDS e suas implicações na vida. Além disso, compromete a adesão e o autocuidado, já que o paciente não se cuida corretamente.
Os adolescentes precisam conhecer sua sorologia e ser informados sobre os diferentes aspectos e consequências da infecção para se tratar de uma forma adequada. É importante nesse processo o apoio da família, amigos e dos médicos, porque ajuda o jovem a compreender sua condição e se fortalecer apesar da nova realidade.


Equipe de Enfermagem e Guarda-Vidas da EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Patrícia Martins de Mendonça (COREN: 021774)
Ligia Zangirolami Noronha (CREF: 082886-G/SP)

Nossas matérias


Curiosidades

A origem do HIV: Em 1983, o vírus foi isolado em pacientes com AIDS pelos pesquisadores Robert Gallo (EUA) e Luc Montagnier (França). Em 1986, um comitê internacional recomendou o termo HIV (vírus da imunodeficiência humana) para denominá-lo, reconhecendo-o como capaz de infectar seres humanos. A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) não é uma doença comum, pois é responsável pela pandemia de maior impacto, atualmente. Há a possibilidade do HIV já ter infectado 33 milhões de pessoas em todo o mundo. Aparentemente, a sua infecção ganhou dimensão geográfica, primeiramente no continente africano, disseminando-se então para as Américas e Europa. A epidemia encontra-se em expansão na Ásia.

Forma de transmissão:

1 - Relação sexual com pessoa infectada pelo HIV sem o uso da camisinha feminina ou masculina.
2 - Sangue contaminado pelo HIV em transfusões;
3 - Contato com objetos pontudos e cortantes como agulhas, seringas e instrumentos, pois eles podem estar contaminados pelo vírus;
4 - Seringa compartilhada por usuários de droga injetável;
5 - Da mãe infectada pelo HIV para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

O HIV pode ser transmitido pelo beijo?
Só poderá ocorrer transmissão do HIV pelo beijo nas situações em que houver sangue infectado misturado à saliva, causado por uma ferida na boca.

O aleitamento materno pode transmitir o HIV?
Sim. A possibilidade de ocorrer transmissão do HIV da mãe para a criança pela amamentação é de mais ou menos 14%, quando a mãe já estava infectada pelo HIV; e de 29%, caso ela se infecte durante o período de amamentação.

Qual o continente onde há mais pessoas com Aids?
A resposta é o continente Africano, onde 2 de 3 mulheres estão contaminadas pelo vírus. Dados tirados do Repórter Record que ao ir a África assistiu a uma missa onde foram distribuídos camisinha a todos as pessoas presentes.

Significado da Sigla:
Adquirida: não é hereditária; a pessoa é infectada ao entrar em contato com o vírus.
Imuno: refere-se ao sistema imunológico, de defesa e de proteção do organismo.
Deficiência: não funciona de acordo, fraco, sem forças.
Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que identificam a doença.


Equipe de Enfermagem ITB Brasílio Flores de Azevedo
João Batista Pereira Nunes (COREN: 005030)

Mapa do Brincar

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

2ª Virada Inclusiva


Nos dias 3 e 4 de dezembro de 2011 (sábado e domingo) será realizada a 2ª edição da "Virada Inclusiva - Participação Plena", em comemoração ao 3 de dezembro, estabelecido pela ONU como "Dia Internacional da Pessoa com Deficiência".
Inspirado na Virada Cultural e Virada Esportiva que o Estado de São Paulo já realiza com sucesso, a 2ª Virada Inclusiva foi idealizada e será coordenada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, cuja finalidade é o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à população com deficiência e suas famílias.
O objetivo do evento é dar ampla divulgação e visibilidade a todas as manifestações de arte, cultura, esporte e lazer que ocorrerão simultaneamente no Estado de São Paulo. Os locais escolhidos e respectivos conteúdos deverão ter acessibilidade ambiental e de comunicação e, preferencialmente, contar com o protagonismo de pessoas com deficiência.
Nas comemorações deste ano contamos com a adesão de mais quase 80 parceiros, distribuídos por todo o estado de São Paulo, mostrando a participação e a inclusão de pessoas com deficiência nos mais diversos segmentos da sociedade.
O evento constitui-se de uma série de shows, oficinas, apresentações, mostras teatrais, exposições e demais manifestações de arte, cultura, esporte e lazer, em diversos municípios do estado de São Paulo. São dois dias de diversão inclusiva e informação com participação plena de todos os cidadãos.
As ações são o resultado de um esforço conjugado entre a Secretaria e outras esferas da administração pública do Estado, Municípios e sociedade civil organizada, também contando com a participação voluntária de pessoas e grupos do mundo artístico e esportivo, de forma a garantir a mobilização necessária dos recursos imprescindíveis à realização do evento.
O intuito é garantir o pleno exercício da cidadania e a inclusão social de todas as pessoas, com e sem deficiência, como forma de intensificar os laços de igualdade de direitos, tendo como força motriz o desejo de uma sociedade verdadeiramente democrática e inclusiva.
A "Virada Inclusiva - Participação Plena" só é possível com a participação de TODOS! Aos municípios e instituições que queiram aderir com propostas afins devem enviar email para viradainclusiva@sp.gov.br 
A "Virada Inclusiva: Participação Plena" só será possível com a participação de todos.