Os Riscos do Uso
Incorreto de Fones de ouvido
Ouvir
música é um hábito que causa prazer para a maioria das pessoas. A música
relaxa, diverte e distrai em meio a tantas situações estressantes do dia a dia
e por isso muitas pessoas usam e abusam
dos aparelhos portáteis com fones de ouvido.
Entretanto,
a perda auditiva, zumbido e a dificuldade de compreender o que está sendo
falado em uma conversa são as consequências mais perigosas do uso excessivo dos
fones de ouvido. O volume do som e o tempo de utilização são os principais
fatores que estão relacionados aos problemas auditivos.
A
longo prazo, o hábito causa danos irreversíveis aos ouvidos. Além disso, os
fones criam uma espécie de isolamento acústico, que não permite o usuário ouvir
os sons a sua volta, aumentando os riscos de acidentes devido à falta de
atenção. Independente do modelo seja o de inserção (que são colocados dentro da
orelha) ou o de concha, o abuso na utilização dos fones prejudica a audição de
forma lenta e progressiva. O
indivíduo vai perdendo a capacidade de ouvir aos poucos, sem perceber. Como os
sintomas diretamente ligados a audição surgem apenas quando o problema já está
avançado, o tratamento não consegue reverter os danos. Dores de cabeça, insônia
e até aumento da pressão podem sinalizar que o corpo está em uma situação de
estresse causada pelo excesso de ruído.
A
Sociedade Brasileira de Otologia afirma que 20% da população sofrem com
problemas de zumbido o que, no Brasil, significa cerca de 30 milhões de
pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 5% dos casos o
problema foi causado pelo mau uso desses aparelhos.
Um
sintoma de que algo não vai bem com seus ouvidos (além de zumbidos) é a
dificuldade de se entender o que as pessoas falam, ou não ficar satisfeito com
o volume de uma música mesmo já estando em um volume alto. As freqüências que
captam os sons agudos (de 3 a
6 KHz) são mais frágeis por isso, em geral, a perda de audição afeta primeiro a
percepção dos agudos.
A
perda auditiva pode ser transitória ou contínua quando se trata do volume muito
alto da música. Exemplos simples de perda transitória são aquelas pessoas
expostas por certo tempo em ambiente fechado ou aberto com volume
excessivamente alto, como são os casos de casas noturnas e shows. Essas pessoas
poderão sofrer com a perda temporária da audição, voltando depois. Ainda assim
é importante alertar para que façam exames periódicos e um repouso auditivo. Já
no caso da perda contínua, e essa é a mais grave, pois não há recuperação da
audição.
Sendo
assim, para ouvir música com fones de ouvido sem causar danos à audição o
recomendado é ir até no máximo 60% da capacidade de volume do aparelho por no
máximo 1 hora de tempo de exposição, seguido de um período de repouso acústico.
Não é
recomendado utilizar os fones em locais barulhentos, como ônibus ou ruas
movimentadas, pois nesses ambientes a tendência é aumentar o volume para que o
som possa competir com o barulho externo.
O melhor é optar por uso de fones com maior isolamento acústico.
Outra
medida também é a de não escutar música com o fone em um único ouvido, pois o
hábito pode levar à perda auditiva assimétrica, que se desenvolve
gradativamente no decorrer dos anos e que com o tempo pode levar à surdez.
Vários
músicos já deram seus depoimentos sobre traumas permanentes em seus aparelhos
auditivos, como: Eric Clapton, Phill Collins, Rogério Flausino entre outros…
Sendo
assim, evite o uso dos fones de ouvido por longos períodos de tempo e não ouça suas
músicas com volume alto.
Fontes:
Equipe
de Odontologia da EEFMT Profª Dagmar Ribas Trindade
Dr.
Fábio Augusto Baságlia (CRO-SP: 47327)
Dra.
Patrícia Fernanda Ramalho Spina (CRO-SP: 80193)
ASB:
Raquel Aparecida de Oliveira (CRO-SP: 1583)
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