Alcoolismo na adolescência
Por que os jovens caem nesse vício?
Recentemente
pesquisadores britânicos divulgaram um estudo que aponta que jovens que começam a beber antes dos
15 anos têm mais probabilidade de desenvolver o alcoolismo na vida
adulta. Isso ocorre porque o cérebro dos adolescentes, em
rápido desenvolvimento, fica programado
para ligar o álcool ao prazer.
Fizemos uma enquete no canal
Jovem e perguntamos o que pode ser considerado
alcoolismo. Para 40% dos nossos leitores, alcoólatra é aquela pessoa que bebe
todos os dias. Mas será que é isso mesmo que caracteriza um
dependente de álcool? O psicólogo Márcio Regis explica que a principal característica de um
jovem alcoolista é a dificuldade de decidir sobre o seu hábito de beber
compulsivamente. “O alcoólatra bebe de forma abusiva sem saber
o momento de parar. Já a pessoa que bebe social sabe o momento de parar de
beber”. Ou seja, você pode beber socialmente todos
os dias e não ser um alcoólatra, por outro lado pode beber esporadicamente, mas sem controle e ser
considerado um dependente.
Por que os jovens entram nessa?
Moda, influência dos amigos,
fuga dos problemas e até mesmo por influência da família. Muitos são os motivos que podem levar um jovem a desenvolver o gosto e o
hábito de beber. Para
a psicóloga Vanessa Muller, os jovens procuram por bebidas alcoólicas devido à
pressão do grupo de amigos, desentendimento com os pais e mudanças provenientes
da própria fase da adolescência.
Já outros jovens costumam
desenvolver o vício porque encontram dentro da própria família pessoas
alcoólatras, que acabam servindo de exemplo para eles. Márcio explica que o
alcoolismo é uma doença biopsicossocial, ou seja, possui fatores genéticos,
psicológicos e sociais; e as chances do filho desenvolver o alcoolismo tendo um pai alcoolista são
maiores do que o filho que tem um pai que possui aversão ao álcool. “Isso se deve por questões genéticas
ou por comportamento aprendido. Quando não genético, é comportamental, ou seja,
o filho desde pequeno viu seu pai chegar bêbado em casa, presenciou brigas com
sua mãe, apanhava do pai alcoolizado. Por observação, o jovem acredita
que o modelo de homem e de pai é esse, de um homem violento, que bebe em excesso. O filho não possui outra referência de homem
e acaba se espelhando nesse tipo de comportamento inadequado e patológico”.
Os prejuízos
São incontáveis os problemas
que o álcool pode causar ao organismo. Claro que estamos falando aqui quando
consumido em grandes doses, pois em pequenas quantidades ele não traz nenhum
prejuízo à saúde. “A bebida não só causa danos psíquicos como também familiares, sociais, no trabalho, além de problemas
físicos, causando até a morte. Entre as perdas psicológicas
podemos destacar a depressão, baixa tolerância à frustração, amnésia, mudança
de humor, sintomas de falta da droga, negação, depressão crônica, ansiedade,
fobias, atenção e percepção, falta ou excesso de sono, baixa autoestima”, conta
Márcio.
Como tratar?
O primeiro passo para o
tratamento é a aceitação do vício, ou seja, a pessoa alcoolista precisa
reconhecer sua dependência. “Muitas vezes o adolescente não percebe o quanto está dependente da
bebida. Sendo assim,
é preciso ajudar o jovem a reconhecer que tem um problema e que é necessário se
tratar abstendo-se do álcool. Procurar ajuda especializada, e se envolver no problema, pois assim como
o uso de drogas, o álcool também afeta e adoece a família como um todo”, esclarece a psicóloga Vanessa
Muller.
Por se tratar de uma doença incurável, a terapia é extremamente favorável e necessária para aqueles que precisam de ajuda para combater o vício. Em alguns casos, o tratamento psiquiátrico com uso de medicações também é necessário. Além disso, as reuniões nos grupos A.A (Alcoólicos Anônimos) também são de suma importância.
Por se tratar de uma doença incurável, a terapia é extremamente favorável e necessária para aqueles que precisam de ajuda para combater o vício. Em alguns casos, o tratamento psiquiátrico com uso de medicações também é necessário. Além disso, as reuniões nos grupos A.A (Alcoólicos Anônimos) também são de suma importância.
Márcio Roberto Regis é
Psicólogo Especialista em Clínica Comportamental formado pela Universidade
Tuiuti do Paraná.
Vanessa Muller é Psicóloga
Clínica, com atuação em Psicodinâmica, especialização em Psicoterapia de adulto
e adolescente.
Fonte: http://jovem.ig.com.br/oscuecas/o_que_rola/2008/10/18/alcoolismo_na_adolescencia_2053550.html
Equipe
de Psicopedagogia da EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Ana Maria C. Sartorato – RG.
11.159.933-7
Regina Célia S. Chicazawa – RG.
19.128.636-9
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