quinta-feira, 22 de novembro de 2012

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Diabetes e Mau hálito



Mau hálito ou halitose não é uma doença, mas sim um sintoma de que alguma coisa não está bem no organismo. Entre os principais problemas que podem ser associados estão os estomacais, bucais, respiratórios, higiene e a alteração da taxa glicêmica. Vários estudos demonstram que na grande maioria dos casos é a condição bucal do indivíduo que determina a presença do problema. Entretanto, hoje existem 97 causas descritas que podem ser relacionadas ao problema do mau hálito. O fato é que nem sempre a pessoa que tem mau hálito sabe disso, pois existe um fenômeno chamado fadiga olfatória, que se caracteriza quando o indivíduo se acostuma com determinados cheiros e o seu nariz não percebe mais aquela informação. Nesse caso, cabe aos que convivem com ele alertarem. A incidência de mau hálito em indivíduos que têm diabetes é grande por conta do aumento da taxa glicêmica, que pode ocasionar a queima de depósitos de lipídios, formando subprodutos chamados corpos cetônicos, que podem ser liberados na respiração. Outra questão é que as pessoas com diabetes tipo 1 e principalmente tipo 2 têm predisposição para o desenvolvimento de doença periodontal; por isso, é importante que se faça um acompanhamento médico e odontológico adequados.
Também é comum as pessoas acharem que balas e gomas de mascar sejam “remédios” para a halitose. Isso apenas mascara o problema, pois o uso rotineiro de guloseimas aumenta a frequência e concentração de açúcar na cavidade bucal, o que eleva o risco de desenvolvimento de cáries. Já o uso de creme dental (dentifrícios) só será eficaz após o tratamento da causa do problema. Após isso, o seu uso adequado é importante para manter o paciente em condição de saúde bucal.
Identificado ou comunicado sobre o odor estranho, o paciente deve recorrer aos especialistas que podem ajudá-lo. Inclusive a pessoa que tem diabetes deve ficar alerta para saber se tem mau hálito, ou quem descobrir ter halitose deve pedir para que o médico capacitado avalie todas as possíveis causas. O hálito cetônico nem sempre está presente ou é perceptível, mas ele aparece com frequência. Vale lembrar que a monitorização do diabetes é essencial para manter os níveis de glicemia dentro dos valores normais e evitar complicações, como a halitose.
Além do tratamento indicado pelo especialista para tratar o mau hálito, o paciente diabético deve lançar mão de outros cuidados:
  • Os dentes devem ser escovados com cuidado;
  • O uso do fio dental diariamente é fundamental
  • Não se deve esquecer de higienizar a língua;
  • Atentar para a alimentação: comer cenoura, maçã e outros alimentos fibrosos pode auxiliar na limpeza dentária e das gengivas;
  • Ingestão de água é relevante.

FONTES:

Equipe de Odontologia da EEFMT Profª Dagmar Ribas Trindade
Dr. Fábio Augusto Baságlia (CRO-SP: 47327)

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