ERA UMA VEZ! UMA ESCOVA DE DENTES!
25 de OUTUBRO DIA DA
SAÚDE DENTÁRIA
História da Escova de Dentes
De fato, a preocupação com a
boca e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados da higiene pessoal
em diversas culturas. Estudos arqueológicos recentes encontraram em uma tumba
egípcia de cinco mil anos um artefato que poderia ser visto como a mais antiga
de todas as escovas de dente. Na verdade, o instrumento consistia em um ramo de
planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem
como cerdas.
Os assírios, reafirmando o
pragmatismo daquela nação de guerreiros, já tentavam resolver o problema usando
o dedo para limpar os dentes. Contudo, outras culturas buscaram hastes,
madeiras, ervas e misturas que pudessem superar os incômodos que a sujeira e o
mau hálito sempre causaram. Por volta do século IV a.C., o médico grego Diocles
de Caristo receitavam aos seus pacientes explorarem os poderes aromáticos que
as folhas de hortelã produziam quando esfregadas nos dentes e nas gengivas.
Nos anos em que foi aprendiz do
filósofo Aristóteles, o lendário imperador Alexandre, O Grande, foi
detalhadamente orientado sobre como limpar os dentes, todas as manhãs, com uma
toalha feita de linho. Entre os romanos constata-se o uso de uma mirabolante
mistura com areia, ervas e cinzas de ossos e dentes de animais. O lugar da
higiene bucal era tão expressivo entre os patrícios romanos que se davam ao
luxo de terem escravos incumbidos de realizar esta única tarefa.
Por volta de 1490, os chineses
inventaram um rústico modelo daquilo que já poderíamos chamar de escova dental.
O protótipo oriental era constituído por uma haste de bambu ou osso dotada de
um feixe de pelos de porco. Além de ser um artefato muito caro, a escova
chinesa acabava prejudicando seus usuários na medida em que as cerdas de origem
animal mofavam e, por isso, deixavam toda a cavidade bucal exposta ao ataque de
fungos.
Na Europa Medieval, o cuidado
com os dentes já desfrutava de avanços consideráveis, tendo em vista o grau de elaboração
das pastas dentárias. Entretanto, a cura do mau hálito era medicada com um
asqueroso bochecho de urina. Nessa mesma época, o profeta árabe Maomé (570-633)
recomendava aos seguidores do islamismo a utilização de uma haste de madeira
aromática que, se esfregada várias vezes ao dia, poderia limpar e clarear os
dentes.
Chegando ao século XVIII, um
prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante idéia de
desenvolver a primeira versão moderna de escova de dente. Primeiramente, ele
guardou um pedaço de osso animal de sua refeição diária. Realizou pequenos
furos em uma de suas pontas e conseguiu algumas cerdas com um carcereiro.
Amarrando as cerdas em feixes minúsculos e fixando-as com cola nos buracos do
osso, ele desenvolveu a tecnologia fundamental do invento.
No século XX, vários estudiosos
passaram a observar detalhadamente os elementos constituintes de várias escovas
disponíveis no mercado. A anatomia do cabo, a disposição dos feixes, o processo
de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse
aprimorado. Nos fins da década de 1930, a utilização do náilon permitiu que as
escovas realizassem a limpeza dos dentes sem que as gengivas sofressem grandes
agressões.
Atualmente, cores, formas e
tecnologias transformaram o mercado de escovas de dente em uma grande
incógnita. Entre tantas opções, muitas pessoas não sabem distinguir qual tipo
de escova atende a uma boa higiene bucal. Geralmente, os odontólogos aconselham
o uso de uma escova que não seja muito grande, possua cerdas macias e que seja
regularmente trocada.
Fonte:
Equipe de Enfermagem do ITB Prof. Antonio Arantes Filho
Herlon Cintra Rosa (COREN: 0344612)
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