Muda Vocal
As vozes de meninos e meninas são muito próximas em termos de qualidade vocal e frequência, havendo pouca diferenciação entre os sexos até a idade de seis ou sete anos. A partir da infância até o início da puberdade, a voz sofrerá grandes mudanças em decorrência das modificações estruturais no aparelho fonador.
A muda vocal é um processo natural na vida de todo adolescente, e em geral dura alguns meses. Nesta fase podem ocorrer discreta rouquidão, instabilidade vocal, flutuações (às vezes fina e às vezes grossa) e alterações do tom da voz, em que a voz torna-se mais grave (grossa). Contudo, o desenvolvimento da muda vocal pode em algumas pessoas atrasar, prolongar ou ficar incompleta. Isso pode ocorrer por problemas hormonais, anatômicos, fisiológicos ou emocionais. Quando a muda vocal apresenta-se incompleta a voz não evolui normalmente para uma voz adulta; o que pode apresentar prejuízo na comunicação e socialização do indivíduo.
A mudança na voz pode demorar de seis meses até um ano e meio para se completar, quando então a voz se estabiliza. Porém, existem casos em que a muda demora até três anos, a chamada muda vocal prolongada, devido a fatores emocionais ou endócrinos. A muda vocal incompleta é quando a voz aparenta não ter se diferenciado, caracterizada por voz aguda, às vezes estridente. É encontrada em adultos, sendo que nas mulheres aparece como voz infantilizada, e nos homens com voz ora grave, ora aguda, dando a impressão de falsete.
Já a muda vocal atrasada é quando ela acontece tardiamente. Meninos que cantam muito tempo em corais como soprano ou por disfunções endócrinas são responsáveis por mudanças tardias na voz. Por fim, a falsa muda vocal provoca voz muito aguda ou de falsete, sendo que no sexo masculino a laringe permanece em posição muito alta e as pregas vocais ficam tensionadas; causando queixa de rouquidão, cansaço ao falar e falhas na emissão vocal.
Observe: Muitos indivíduos com alteração de muda vocal procuram ajuda com mais de 20 anos de idade, após terem passado por vários conflitos emocionais ou até mesmo por discriminação. Por isso, em caso de queixa ou dúvida procure um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista!
Fonte:
http://fonorientando.wordpress.com (adaptado)
Equipe de Fonoaudiologia ITB Prof. Antonio Arantes Filho
Anastácia Aparecida Cruz – CRFa 16921
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