Apesar de existirem diversos selos que classificam os produtos como "verdes", nem todos seguem critérios realmente confiáveis
A busca constante do consumidor por produtos ecologicamente corretos vem atraindo a atenção e o investimento de muitas empresas. A consequência dessa onda verde pode ser observada nas prateleiras dos supermercados e na publicidade. São centenas de marcas e produtos que, por meio dos mais diversos selos, certificados, prêmios e afins, se autointitulam ecológicos, na tentativa de dizer que seu processo de produção não prejudica o meio ambiente.
Porém, nem todo produto que se diz comprometido com as questões ambientais efetivamente o são. É muito frequente que o consumidor se depare com uma realidade diferente do discurso. "De fato é um momento complicado, pois existem muitos apelos que remetem à questão de sustentabilidade e é difícil distinguir ações corretas das maquiagens verdes, o chamado greenwash", afirma a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux.
Outro fator que agrava essa situação e gera desconfiança quanto à real veracidade da certificação é o caráter voluntário dos selos. A empresa tanto não é obrigada a possuir nenhum tipo de "certificado verde" quanto pode criar sua própria certificação. Nos selos autodeclaratórios, a própria fabricante do produto afirma que ele foi produzido com certos critérios de responsabilidade socioambiental. Nesses casos, o consumidor deve procurar informações sobre quais foram os critérios utilizados para se chegar a essa conclusão.
É importante ficar atento porque existem muitas embalagens e fornecedores que enganam o consumidor. Para escapar dos discursos vazios, é preciso checar a credibilidade dos selos presentes nos rótulos dos produtos. "O consumidor deve buscar informações mais claras e concretas, porque existem apelos muito vagos e genéricos", orienta Adriana.
Porém, nem todo produto que se diz comprometido com as questões ambientais efetivamente o são. É muito frequente que o consumidor se depare com uma realidade diferente do discurso. "De fato é um momento complicado, pois existem muitos apelos que remetem à questão de sustentabilidade e é difícil distinguir ações corretas das maquiagens verdes, o chamado greenwash", afirma a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux.
Outro fator que agrava essa situação e gera desconfiança quanto à real veracidade da certificação é o caráter voluntário dos selos. A empresa tanto não é obrigada a possuir nenhum tipo de "certificado verde" quanto pode criar sua própria certificação. Nos selos autodeclaratórios, a própria fabricante do produto afirma que ele foi produzido com certos critérios de responsabilidade socioambiental. Nesses casos, o consumidor deve procurar informações sobre quais foram os critérios utilizados para se chegar a essa conclusão.
É importante ficar atento porque existem muitas embalagens e fornecedores que enganam o consumidor. Para escapar dos discursos vazios, é preciso checar a credibilidade dos selos presentes nos rótulos dos produtos. "O consumidor deve buscar informações mais claras e concretas, porque existem apelos muito vagos e genéricos", orienta Adriana.
Além dos selos autodeclaratórios, o consumidor encontra outros tipos de "certificados verdes" no mercado. As mais confiáveis são as independentes, fornecidas por organizações não governamentais e entidades privadas. Para recebê-los, as empresas se submetem a um processo de certificação voluntário e são certificados apenas se seus produtos estiverem realmente adequados.
Selos obrigatórios
Selos obrigatórios
Também existem as certificações compulsórias determinadas pelo governo. Um exemplo é o SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), administrado pelo Ministério da Agricultura em parceria com outras certificadoras. "Qualquer produto agroecológico, orgânico, que deseje colocar na sua embalagem a informação eco, sustentável, ecológico, ou algo do gênero, precisa desse selo", explica a pesquisadora.
Caso o selo presente na embalagem não seja conhecido, a orientação é pesquisar mais sobre o certificador. "Às vezes é uma embalagem pequena e não cabem todos os dados naquele espaço, mas mesmo assim o rótulo deve conter uma orientação, um site onde o consumidor pode encontrar mais informações sobre o selo", conclui Adriana.
Para mais informações sobre consumo sustentável, o consumidor pode acessar o Especial do Idec.
Reprodução: IDEC
Nenhum comentário:
Postar um comentário