Violência contra a mulher
As mulheres são as que correm maiores riscos de sofrer violência em ambientes domésticos e familiares e, segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada quatro mulheres é vítima de abusos sexuais cometidos por seu parceiro ao longo da vida.
O "Relatório Mundial sobre Violência e Saúde", publicado pela OMS, afirma que quase metade das mulheres que morrem por homicídio é assassinada por seus maridos ou parceiros atuais ou anteriores, uma porcentagem que se eleva a 70 por cento em alguns países.
A violência entre casais inclui atos de agressão física, assédio psicológico, atos sexuais forçados e diversos tipos de comportamento, como isolar uma pessoa de sua família e amigos ou restringir seu acesso a informação ou ajuda.
Em 48 investigações realizadas em todo o mundo, entre 10 e 69 por cento das mulheres admitiram ter sofrido algum tipo de violência física por parte de seu parceiro masculino em algum momento de sua vida e a maioria das vítimas sofre estes abusos durante um período longo de tempo.
Entre os casos de agressões físicas, pelo menos um terço é de abusos sexuais, um problema que, para muitas destas mulheres, começa na infância ou na adolescência.
A violência entre os casais deixa várias sequelas, entre elas, além dos traumatismos, problemas gastrointestinais, dores crônicas, depressões e comportamentos suicidas.
Segundo os especialistas da OMS há uma série de fatores de risco entre os homens mais propensos a abusar de suas mulheres como a existência de antecedentes de violência familiar, especialmente se eles mesmos foram agredidos quando eram crianças.
A insegurança pessoal, a baixa autoestima, a depressão e os problemas de personalidade podem levar a condutas violentas.
Há vários estudos que mostram uma evidente relação entre o consumo excessivo de álcool e a violência, embora não esteja claro se beber desencadeia o problema ou serve de justificativa.
O relatório da OMS afirma ainda que, embora seja importante reformar os sistemas jurídicos e policiais para tratar o problema da violência contra a mulher, estas medidas são ineficazes se não são acompanhadas de mudanças culturais e nas práticas institucionais.
Equipe de Enfermagem ITB Brasílio Flores de Azevedo
Amanda Ruas Almeida
Técnica de Enfermagem
COREN/SP 009.865
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