O que é o HPV e por que é tão perigoso? Meninas também podem desenvolver o câncer no colo uterino devido ao HPV?
O HPV é um vírus transmitido através do contato da pele e, no caso da região genital, transmitido através de relações sexuais e podem causar lesões no pênis, vagina, colo do útero e vulva. Meninas que apresentam o HPV de alto risco podem desenvolver o câncer de colo uterino, apesar de esse ser raro nesta faixa etária.
Nem sempre os sintomas aparecem rapidamente. O vírus pode ficar incubado e aparecer anos depois. Os sintomas dependem do tipo de HPV que infecta a mulher. As manifestações mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, conhecidas como "crista de galo".
Outras pacientes podem não apresentar sintomas, podendo ter apenas manifestações discretas como corrimentos de repetição, por exemplo. No caso dos tipos de alto risco, o HPV pode causar, a longo prazo, o câncer de colo de útero ou antes disso, lesões precursoras do câncer.
O diagnóstico pode ser feito através do exame citológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico definitivo é realizado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida, o PCR e biópsia da região suspeita. Se a menina for virgem, o HPV externo (de vulva) pode ser diagnosticado sem dificuldades.
A prevenção se dá através do uso de preservativos em todas as relações sexuais. Nem sempre o homem ou a mulher apresentam lesões visíveis a olho nu, por isso é sempre necessário prevenir.
A vacina foi criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, assim, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18).
O impacto real da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas.
A vacina contra o HPV funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. A vacina pode ser tomada no Brasil e é administrada em 3 doses, com 1, 2 e 6 meses, porém ainda não há a distribuição gratuita da mesma e essa não estará protegendo o indivíduo contra as outras tantas doenças sexualmente transmissíveis, então, fica claro que a melhor prevenção é o uso de preservativos.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=hpv-entre-mulheres-sintomas-tratamentos&id=4475 (adaptado)
Equipe de Fonoaudiologia do ITB Professor Munir José
Julyana Mendes Valário Assad (CRFa: 9062/T3R)
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