quarta-feira, 23 de maio de 2012

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DIA MUNDIAL SEM TABACO


No dia 31 de maio, centenas de países celebram o Dia Mundial Sem Tabaco, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1987. A data é importante para engajar a Odontologia no combate ao tabagismo, não só pelos prejuízos que o hábito traz para a saúde bucal, mas também porque o cirurgião-dentista, enquanto profissional de saúde, deve alertar para os perigos do que é a principal causa de morte evitável. Além disso, ele pode detectar precocemente casos de câncer bucal, que tem como principal fator de risco o fumo.
Esta luta já tem a adesão da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), que emprega esforços em todo o País na promoção da saúde bucal e no combate às suas ameaças – entre elas, o tabagismo, que dá cabo da vida de mais de 200 mil brasileiros por ano.
O câncer bucal e o tabaco - O câncer bucal já fez, no Brasil, mais de 11 mil vítimas masculinas e cerca de quatro mil entre as mulheres. A doença abrange as neoplasias malignas de cavidade oral – mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua, assoalho da boca e de lábio -, é mais freqüente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio inferior que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer nas regiões da boca acomete principalmente tabagista.
Combinações perigosas - A ação constante e prolongada de próteses mal adaptadas e de bordas cortantes de dente sobre a mucosa constitui, ao longo dos anos, causas de lesões que podem induzir o desenvolvimento de tumor na boca pela potencialização de outros agentes carcinogênicos que atuam na mucosa, particularmente em indivíduos com hábitos tabagistas. A literatura científica também sugere forte associação entre as várias formas de consumo de tabaco e alta prevalência e severidade de doença periodontal.
Entre outros malefícios provocados na cavidade oral, o fumo destrói as enzimas da saliva que combatem substâncias prejudiciais. Isto torna a saliva uma mistura corrosiva de compostos químicos do tabaco na boca, facilitando o surgimento de células cancerígenas. Quem fuma 30 cigarros/dia já pode apresentar lesão pré-maligna.
Sintomas – O câncer bucal manifesta-se principalmente pelo aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam após alguns dias. Além disso, podem surgir ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores, sangrando ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. O estágio avançado da doença caracteriza-se pela dificuldade de falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço.
Os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer da boca são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em lesões iniciais, segundo o Inca, a cura pode ser obtida em 80% dos casos, evidenciando a importância do diagnóstico precoce.
Campanha permanente – A ação antitabagista é parte da Campanha da Parceria Mundial por Ambientes Livres de Tabaco, e abrangem todas as escolas, clínicas, reuniões, congressos.
A equipe odontológica também vem divulgando entre profissionais e público em geral recomendações para a prevenção do câncer bucal, evitar o fumo, promover higiene oral, ter os dentes tratados e fazer consulta odontológica de controle pelo menos uma vez por semestre.


EEFMT Professora Maria Theodora Pedreira de Freitas
Dra. Andrezza Alais Barrichello Chaves (CRO: 71075)

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