DIA MUNDIAL SEM TABACO
No
dia 31 de maio, centenas de países celebram o Dia Mundial Sem Tabaco, criado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) em 1987. A
data é importante para engajar a Odontologia no combate ao tabagismo, não só
pelos prejuízos que o hábito traz para a saúde bucal, mas também porque o
cirurgião-dentista, enquanto profissional de saúde, deve alertar para os
perigos do que é a principal causa de morte evitável. Além disso, ele pode
detectar precocemente casos de câncer bucal, que tem como principal fator de
risco o fumo.
Esta
luta já tem a adesão da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), que emprega
esforços em todo o País na promoção da saúde bucal e no combate às suas ameaças
– entre elas, o tabagismo, que dá cabo da vida de mais de 200 mil brasileiros
por ano.
O
câncer bucal e o tabaco - O
câncer bucal já fez, no Brasil, mais de 11 mil vítimas masculinas e cerca de
quatro mil entre as mulheres. A doença abrange as neoplasias malignas de
cavidade oral – mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua, assoalho da boca e
de lábio -, é mais freqüente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio
inferior que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o
câncer nas regiões da boca acomete principalmente tabagista.
Combinações
perigosas - A
ação constante e prolongada de próteses mal adaptadas e de bordas cortantes de
dente sobre a mucosa constitui, ao longo dos anos, causas de lesões que podem
induzir o desenvolvimento de tumor na boca pela potencialização de outros agentes
carcinogênicos que atuam na mucosa, particularmente em indivíduos com hábitos
tabagistas. A literatura científica também sugere forte associação entre as
várias formas de consumo de tabaco e alta prevalência e severidade de doença
periodontal.
Entre
outros malefícios provocados na cavidade oral, o fumo destrói as enzimas da
saliva que combatem substâncias prejudiciais. Isto torna a saliva uma mistura
corrosiva de compostos químicos do tabaco na boca, facilitando o surgimento de
células cancerígenas. Quem fuma 30 cigarros/dia já pode apresentar lesão
pré-maligna.
Sintomas
– O câncer
bucal manifesta-se principalmente pelo aparecimento de feridas na boca que não
cicatrizam após alguns dias. Além disso, podem surgir ulcerações superficiais
com menos de 2 cm
de diâmetro e indolores, sangrando ou não, e manchas esbranquiçadas ou
avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. O estágio avançado da doença
caracteriza-se pela dificuldade de falar, mastigar e engolir, além de
emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço.
Os
métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer da boca são cirurgia, radioterapia e
quimioterapia. Em lesões iniciais, segundo o Inca, a cura pode ser obtida em
80% dos casos, evidenciando a importância do diagnóstico precoce.
Campanha
permanente – A
ação antitabagista é parte da Campanha da Parceria Mundial por Ambientes Livres
de Tabaco, e abrangem todas as escolas, clínicas, reuniões, congressos.
A
equipe odontológica também vem divulgando entre profissionais e público em
geral recomendações para a prevenção do câncer bucal, evitar o fumo, promover
higiene oral, ter os dentes tratados e fazer consulta odontológica de controle
pelo menos uma vez por semestre.
Reprodução:
http://www.odontosites.com.br/odonto/noticias/menos-cigarro-mais-saude-bucal-apoie-esta-ideia.html
EEFMT Professora Maria Theodora Pedreira de Freitas
Dra.
Andrezza Alais Barrichello Chaves (CRO: 71075)
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