sexta-feira, 30 de março de 2012

Nossas matérias


Maternidade na adolescência

A maternidade na adolescência além dos riscos biológicos para a mãe e para a criança trazem transtornos emocionais e econômicos para os núcleos familiares onde ela ocorre. A interrupção no processo de formação do indivíduo pode ocasionar: abandono da escola, ser excluído do mercado de trabalho, a falta de apoio da família, dos amigos entre outros, são alguns dos dilemas que os adolescentes poderão enfrentar quando se vêem à espera de um filho não planejado.

Causas do Problema

De acordo com Silvana Gomes, ginecologista, são muitos os fatores que contribuem para a alta incidência da maternidade durante a adolescência. O início precoce da vida sexual, falta de uso de métodos anticoncepcionais ou uso inadequado deles, dificuldade de acreditar na própria capacidade de reproduzir e falta de dinheiro para adquirir o método são algumas das causas mais comuns que, normalmente, aparecem associadas. "Também não é difícil perceber que, quanto menor a escolaridade, maior o risco de gravidez na adolescência", argumenta.

Para Virgínia Werneck Marinho, ginecologista infanto-puberal, também deve ser considerado o fato de que, para os adolescentes, mesmo que eles tenham informação sobre os riscos, qualquer planejamento pode tirar o encanto do sexo, o que os leva a praticar o ato sem pensar nas conseqüências. Outro problema é que os postos de saúde não atraem os jovens, eles têm medo de ser repreendidos pela decisão de iniciar a vida sexual e não confiam no SUS. "Cerca de 20% dos casos de gravidez na adolescência ocorrem nos primeiros meses de vida sexual e, entre 40% e 50%, no primeiro ano. Só quando os adolescentes passam por uma situação de risco é que eles vão pensar em se prevenir", explica.

Riscos de uma Gravidez não Planejada

São muitos os riscos de uma gravidez na adolescência. Ela é responsável por um imenso transtorno social para toda a família porque está fora de um contexto de casamento. "Antigamente, as meninas se casavam muito cedo e, consequentemente pariam filhos cedo. Por isso, as implicações hoje em dia são muito mais sociais do que biológicas", diz Silvana Gomes. É dessa gravidez não planejada que vem o abandono da escola, o empobrecimento do núcleo familiar, exclusão da adolescente do mercado, etc.
No período dos 15 aos 19 anos, desde que com o devido acompanhamento médico, as adolescentes apresentam as mesmas características de gestação de uma mulher adulta, razão pela qual é mito dizer que elas sofrem mais riscos biológicos de ficarem grávidas.
Antes dos 14, entretanto, a situação se complica. Segundo Silvana Gomes, nesta faixa etária, o sistema reprodutor da menina ainda não está amadurecido e, devido a isso, pode ocorrer maior incidência de doenças hipertensivas, partos prematuros, ruptura antecipada da bolsa, desnutrição do bebê e da mãe.
Outro fator preocupante é que o risco de mortalidade de bebês no primeiro ano de vida de filhos de mães adolescentes é muito maior do que em mães adultas, principalmente no que se refere aos cuidados no pós-parto.
Para Virgínia Werneck, essas mães também são imaturas emocionalmente e deixam de cuidar dos bebês. É muito comum que elas apresentem quadros graves de depressão.
"Quando a gravidez não é planejada elas começam o pré-natal mais tarde por medo de serem criticadas e, por isso, as chances de uma complicação são muito maiores".

Prevenção é o Melhor Caminho

Para os especialistas em adolescentes a grande saída para o problema da gravidez antes da hora é a prevenção. Segundo Virgínia Werneck, o Ministério da Saúde, juntamente com a Federação Brasileira de Ginecologia, criou o programa nacional Adolescer com Saúde. O programa objetiva preparar o profissional que atende o adolescente, capacitando-o para o desenvolvimento de atividades de prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis junto aos jovens. A idéia é oferecer aos adolescentes métodos para o exercício da sexualidade responsável. "O Ministério da Saúde tem feito vários programas, inclusive o de amparo à gestante adolescente. Entretanto, o foco tem que ser na prevenção" acredita.

Reprodução:

Equipe de Psicopedagogia da EEFMT Professora Maria Theodora Pedreira de Freitas
Eliane Bisan Alves
Marly Hiromi Sportore

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HPV (Papilomavírus humano)
O HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).
Transmissão do Papiloma Vírus Humano (HPV)
A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de auto-inoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.
Diagnóstico
As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida.
Sintomas
A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. Se a alteração nos genitais for discreta, será percebida apenas através de exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação, invadir os tecidos vizinhos e formar um tumor maligno como o câncer do colo do útero e do pênis.
Tratamento
O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.
Recomendações
* Lembre-se que o uso do preservativo é medida indispensável de saúde e higiene não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis;
* Saiba que o HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;
* Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos;
* Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento;
* Parto normal não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões genitais em atividade;
* Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente.
Equipe de Psicopedagogia da EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Ana Maria C. Sartorato – RG. 11.159.933-7
Regina Célia S. Chicazawa – RG. 19.128.636-9

quinta-feira, 29 de março de 2012

Nossas matérias


Dia Internacional da Mulher - 08 de Março

O Dia Internacional da Mulher foi proposto por Clara Zetkin em 1910, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas. Ele tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A fixação da data é o reconhecimento de um longo processo de lutas, organização e conscientização das mulheres e de toda a sociedade, na maior parte do mundo e simboliza a busca de igualdade social entre homens e mulheres.
Ao longo dos anos, muitas têm sido as vitórias das mulheres. Conquistaram direitos como o de frequentar escolas, votar, se candidatar a cargos políticos, praticar esportes, entre outros. Entretanto, ainda hoje apesar da participação crescente das mulheres no campo da educação e do trabalho podem ser vistas desigualdades sociais pautadas nas diferenças de gênero.
As classes sociais populares são as que mais sofrem as consequências de faltas de Políticas Públicas em prol das mulheres, estando sujeitas com frequência a problemas de gravidez precoce, DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e a violência doméstica. Fica claro a necessidade de Políticas e Programas Sociais Públicos que conscientizem a população sobre estas problemáticas além da discussão de questões de saúde entre profissionais da Saúde, Escolas e Hospitais visando o controle e prevenção dos principais problemas de saúde enfrentados pelas mulheres.
Esperamos que ao longo dos anos, os caminhos sejam abertos para que a mulher se liberte da exclusividade das tarefas domésticas e da carga da maternidade e que tenha o homem, como seu verdadeiro parceiro na execução de suas árduas tarefas.


Equipe de Odontologia ITB Professor Antonio Arantes Filho
Cinthya Lobo Pradella (CRO: 95863)
Denise Michelazzo Órfão (CRO: 50322)
Elaine Ribeiro (CRO: 15758)

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Aborto e seus riscos a saúde da mulher

Muito se discute na sociedade brasileira sobre a legalização ou não do aborto, entretanto pouco se sabe sobre seus riscos. O aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos ovulares podendo ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou 20 semanas de gestação é considerado abortado.
No Brasil, o aborto voluntário é permitido quando necessário e autorizado judicialmente, para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro. O aborto, fora esses casos, é ilegal e está sujeito a pena de detenção ou reclusão.

Aborto espontâneo
O aborto espontâneo também pode ser chamado de aborto involuntário ou "falso parto". Calcula-se que 25% das gestações terminam em aborto espontâneo, sendo que ¾ ocorrem nos três primeiros meses de gravidez. A causa do aborto espontâneo no primeiro trimestre são distúrbios de origem genética.
Em cerca de 70% dos casos, esses embriões são portadores de anomalias cromossômicas incompatíveis com a vida, no qual o ovo primeiro morre e em seguida é expulso. Nos abortos do segundo trimestre, o ovo é expulso devido a causas externas a ele (incontinência do colo uterino, má formação uterina, insuficiência de desenvolvimento uterino, fibroma, infecções do embrião e de seus anexos).

Aborto provocado
Aborto provocado é a interrupção deliberada da gravidez; seja pela extração do feto da cavidade uterina através de cirurgia, ou seja, pelo uso de medicações abortivas. Estima-se que seja realizado anualmente no mundo mais de 40 milhões de abortos cirúrgicos, a maioria em condições precárias devido à ilegalidade do procedimento, com sérios riscos para a saúde da mulher. 
Outro método abortivo provocado de extremo perigo para a vida da mãe é a utilização de medicações, ervas colocadas via intravaginal e chás abortivos. Estes procedimentos também constituem em um ato ilegal em nosso país, além de ser considerado um grande problema da Saúde Pública. Em caso de falhas no aborto, alterações graves podem acometer o bebê.

Riscos do aborto
As complicações mais comuns do aborto são o aborto incompleto, a sepse, a hemorragia e a lesão intra-abdominal. Estas complicações são graves e podem rapidamente levar a morte da paciente. Além disso, a mulher que sobrevive às complicações que surgem imediatamente depois do aborto, tem a possibilidade de sofrer incapacidade para o resto de sua vida ou enfrenta um alto risco de sofrer complicações em futura gravidez.
Relataremos a seguir tais complicações:
Aborto incompleto: a complicação mais comum do aborto ocorre quando restos de tecido fetal permanecem no útero depois de um aborto espontâneo ou induzido seja por cirurgia ou através de medicações. Entre os sintomas típicos figuram a dor pélvica, câimbras, dor nas costas, sangramento persistente e um útero mole e aumentado.
Sepse (Infecção): a sepse ocorre durante o aborto quando a cavidade endometrial e seu conteúdo são infectados, geralmente em decorrência da introdução de instrumental contaminado no colo uterino ou quando tecido residual permanece no útero (aborto incompleto). Além de sofrer os sintomas gerais do aborto incompleto, a mulher com sepse apresenta febre, calafrios e secreção vaginal fétida (“mau cheiro”). O sangramento pode ser leve ou intenso. Os primeiros sinais de aborto séptico freqüentemente aparecem poucos dias depois de um aborto espontâneo ou induzido. Do útero, a infecção pode propagar-se rapidamente e converter-se em sepse abdominal generalizada. Febre alta, dificuldade respiratória e hipotensão (pressão baixa) tendem a indicar uma infecção mais extensa e de alto risco.
Hemorragia: sangramento contínuo pode ocorrer quando um aborto incompleto não é tratado. Ainda, algumas técnicas para induzir o aborto, tais como a curetagem uterina ou a introdução de varetas ou outros objetos no colo uterino, podem causar lesões intra-abdominais que produzem sangramento profuso. As ervas, drogas ou químicos cáusticos ingeridos ou introduzidos na vagina ou no colo uterino podem provocar reações tóxicas e produzir hemorragia. O risco de hemorragia pós-aborto aumenta com a idade gestacional, assim como com o uso de anestesia geral durante o aborto induzido em condições inadequadas.
Lesão intra-abdominal: ao introduzir instrumentos no colo uterino para induzir um aborto, se pode cortar ou perfurar o colo, o útero e outros órgãos internos. A lesão mais comum é a perfuração da parede uterina. Também podem ser lesionados os ovários, as trompas de Falópio, o intestino, a bexiga ou reto. Uma lesão intra-abdominal pode ocasionar uma hemorragia interna na qual se manifeste pouco ou nenhum sangramento vaginal.
Além de complicações físicas, alterações psicológicas estão associadas ao aborto como a queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho, frigidez (perda do desejo sexual), aversão ao marido ou ao amante, culpabilidade ou frustração de seu instinto materno, desordens nervosas, insônia, neuroses diversas, doenças psicossomáticas, depressões, alcoolismo e tabagismo.
Sendo assim, este texto tem o intuito de alertar que o aborto além de ser um ato ilegal (exceto em casos de risco a vida da mãe e de estupro) é um procedimento de alto risco para a saúde e a vida da mulher.

Fontes:

Equipe de Odontologia da EEFMT Profª Dagmar Ribas Trindade
Dr. Fábio Augusto Baságlia (CRO-SP: 47327)
Dra. Patrícia Fernanda Ramalho Spina (CRO-SP: 80193)
ASB: Raquel Aparecida de Oliveira (CRO-SP: 1583)

Triagem Auditiva e Visual no ITB Professor Munir José

Recomeçou a Triagem Auditiva e Visual no ITB Professor Munir José.
Agradecemos a colaboração da Direção Escolar, Professores e de todos os envolvidos... 







Triagem Auditiva e Visual na EEFMT Profª Maria Theodora

Começou a Triagem Auditiva e Visual na EEFMT Profª Maria Theodora Pedreira de Freitas.
Agradecemos a colaboração da Direção Escolar, Professores e de todos os envolvidos... 



 



quarta-feira, 28 de março de 2012

Nossas matérias


Definição de violência contra as mulheres

Um grupo de especialistas internacionais ligados ao WHO - World Health Organization (Organização Mundial de Saúde) em fevereiro de 1996, concordaram que a definição adotada pela United Nations General Assembly provê uma estrutura usual para as atividades da Organização.
A Declaration on the Elimination of Violence against Women, 1993 (Declaração sobre a Eliminação da Violência contra a Mulher) define a violência contra a mulher como "qualquer ato de violência com base no gênero, sexo, que resulta em, ou que é provável resultar em dano físico, sexual, mental ou sofrimento para a mulher, incluindo as ameaças de tais atos, coerção ou privação arbitrária de liberdade, ocorrida em público ou na vida particular".

O crescimento da preocupação com a saúde pública.

Em cada país onde estudos confiáveis em larga escala têm sido conduzidos, resultados indicam que entre 10% e 50% das mulheres relatam terem sofrido abusos físicos por um parceiro íntimo alguma vez em suas vidas.
Estudos da população relatam que entre 12 e 25% das mulheres sofreu ataques ou foi violentada sexualmente por seus parceiros ou ex-parceiros em alguma ocasião em suas vidas.
Violência interpessoal foi à décima causa de morte de mulheres entre 15-44 anos de idade em 1998.
Prostituição forçada, tráfico sexual ou turismo sexual parece estar crescendo. Existem dados e pesquisas estatísticas sobre o tráfico de mulheres e crianças estimados em 500.000 mulheres no interior da União Européia em 1995.
A maioria dos estudos sobre a violência contra a mulher indica que:
· Os crimes de violência contra a mulher são quase exclusivamente cometidos por homens;
· O maior risco para as mulheres parte de homens que elas conhecem;
· Mulheres e crianças são mais frequentemente vítimas de violência dentro da própria família e entre seus parceiros íntimos.
· Instituições sociais se dispõem a proteger cidadãos frequentemente culpados ou ignoram mulheres atacadas.


Equipe de Odontologia ITB Professor Hércules Alves de Oliveira
Dra. Fabiana Ferreira Nardi (CRO: 76774)
Dra. Paola Batista Artioli (CRO-SP: 76588)
ASB: Daysi Janette Marin (CRO: 16204)