Gravidez indesejada ou não planejada?
Em minha experiência no atendimento a adolescentes gestantes, encontrei muitos relatos em que meninas e meninos enxergavam a chegada de um bebê para a vida deles, como a única maneira de libertar-se de situações consideradas difíceis.
Sempre vista como problema a ser resolvido ou epidemia a ser controlada, a gravidez na adolescência não constitui fenômeno recente na história da humanidade, porém sempre tem gostinho de novidade.
Segundo pesquisas, nos últimos 20 anos, a modificação dos padrões do exercício da sexualidade repercutiu no aumento da incidência da gravidez na adolescência, principalmente nos países em desenvolvimento e nos adolescentes mais jovens.
A gravidez e o parto na adolescência acarretam diversas conseqüências sociais, psicológicas e médicas que se entrelaçam.
É importante ressaltar que, na maioria das vezes, esta situação parece estar ligada a fatores como pobreza e educação precária, e, particularmente à falta de perspectiva, de sonhos e projeto de vida. Para parte das adolescentes, a gravidez embora precoce, é desejada e pode vir a ser a única possibilidade de mudança de status de vida. A mídia contribui com tal pensamento, à medida que veicula novelas e diversos programas em que a gravidez na adolescência frequentemente tem um final feliz.
As pesquisas mostram que as jovens que engravidam, geralmente são aquelas que têm baixa auto-estima.
Por isso, você que é adolescente, observe e invista! Reconheça em si mesmo seus potenciais, dons e habilidades e permita-se futuramente desfrutar de uma gravidez planejada e desejada.
Referência Bibliográfica: Adolescência e Saúde III. Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Equipe de Fonoaudiologia ITB Professora Maria Sylvia Chaluppe Mello
Anastácia Aparecida Cruz – CRFa 16921
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