Você sabe, de fato, o que há por trás da palavra HPV?
Sinal amarelo para atentar a esse vilão mais comum do que você possa imaginar...
Panorama da doença
A infecção genital pelo papilomavírus humano, comumente chamado HPV, é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. É extremamente importante, pois atinge boa parcela das pessoas com vida sexual ativa e pode gerar doenças graves, como alguns tipos de câncer. Cerca de 50% da população norte americana, por exemplo, em algum momento de sua vida, desenvolverá infecção genital por HPV.
Um fator que aumenta a magnitude dessa doença é que a maioria das pessoas com HPV desenvolve uma infecção inaparente, ou seja, a doença existe, é transmitida para outras pessoas, porém o indivíduo que a tem permanece sem sinais e sintomas, por algum tempo, ou durante todo o curso da doença, desconhecendo essa condição. Além disso, é possível adquirir mais de um tipo de HPV.
Os diferentes tipos de vírus do HPV genital (há cerca de 40) podem infectar as regiões genitais (vagina, vulva, pênis), a uretra, o ânus, olho, além da boca, da garganta e da pele de contato (mãos, virilha, coxa), tanto dos homens quanto das mulheres. A transmissão pode ocorrer após uma única relação sexual com um parceiro infectado. Qualquer prática sexual pode levar à transmissão dos vírus dessa doença – práticas sexuais anal, vaginal e oral, incluindo a manipulação das regiões contaminadas, pois o contato se dá, nesses casos, através da mucosa e da pele. Há ainda a possibilidade de adquirir HPV através do beijo na boca, além do uso de toalhas, roupas íntimas, sabonetes, e objetos que tenham entrado em contato com áreas contaminadas por esses vírus.
Apesar de não ser frequente, uma mulher com HPV genital pode transmití-lo durante o parto, para o seu bebê.
Em aproximadamente 90% dos casos o sistema imune elimina naturalmente o HPV em até dois anos. Mas, algumas vezes, certos tipos de HPV podem levar à formação de verrugas genitais em homens e mulheres, além da boca, garganta e trato respiratório. Outros tipos de HPV podem causar câncer do colo uterino (aqueles que nem sempre se manifestam através de lesões perceptíveis) e a outros tipos de câncer menos comuns, mas muito sérios, incluindo os de vulva, vagina, pênis, ânus e relacionados à cabeça e ao pescoço (língua, tonsilas, além da garganta).
As verrugas podem ser pequenas ou maiores, elevadas ou planas, ou em forma de couve-flor. Profissionais da saúde podem diagnosticar essas verrugas examinando a área numa consulta de rotina. Essas verrugas podem aparecer semanas ou meses após um contato sexual com um parceiro infectado, mesmo que não haja sinais da doença no mesmo. Se não tratadas, podem aumentar em tamanho e número.
Os diferentes tipos de câncer relacionados ao HPV, como o câncer cervical (colo uterino), de vulva, vagina, pênis e cabeça e pescoço, usualmente não se manifestam com sintomas até que estejam em estágios avançados e difíceis de tratar. As verrugas que surgem na garganta algumas vezes podem dificultar ou bloquear o fluxo de ar, gerando voz rouca e dificuldades respiratórias.
Apesar de tudo o que foi dito até aqui, há muitas maneiras de diminuir as chances de contrair HPV!!
A primeira opção é a abstinência sexual – isto para evitar quaisquer doenças sexualmente transmissíveis!! A fidelidade também diminui as chances de adquirir HPV, por limitar o número de. Mesmo assim, pessoas com um único parceiro contraem HPV, pois este pode ter sido infectado no passado e desconhecer a situação ou ainda a omitir.
As vacinas podem proteger contra alguns tipos de HPV. São ministradas em três doses, para garantia de melhor proteção. As vacinas são mais efetivas para aqueles que a utilizaram antes do primeiro contato sexual, quando provavelmente ocorrerá exposição ao HPV, portanto, sua utilização não protege de forma global contra a infecção relacionada a esses vírus.
Para aqueles que escolheram ter uma vida sexual ativa, condons ou camisinhas ajudam a diminuir o risco de contrair HPV. Para maior efetividade, devem ser usadas a cada ato sexual, do começo ao fim, porém o HPV pode infectar áreas não protegidas pela camisinha, portanto, estas não garantem proteção total contra o HPV.
Não há tratamento para eliminar os vírus, mas há tratamentos para as doenças causadas pelo HPV, como as verrugas e outros problemas relacionados, lembrando que a reincidência de infecção aumenta o risco de desenvolvimento de câncer. Outros hábitos colaboram para a existência de câncer relacionado a essa doença: início da atividade sexual precocemente, tabagismo, uso de contraceptivo, múltiplos parceiros sexuais e debilidade imunológica.
O exame popularmente conhecido como Papanicolaou, é um excelente método para rastrear lesões relacionadas ao HPV, precursoras do câncer, no colo uterino. Essas podem ser tratadas, antes que evoluam para câncer.
Além disso, nunca é demais lembrar que objeto de uso pessoal é de uso individual, ou seja, cada pessoa deve utilizar apenas sua própria toalha, assim como o seu sabonete, roupas íntimas, batom, dentre outros! A higiene e cuidados pessoais, ao utilizar banheiros também são imprescindíveis na rotina de qualquer indivíduo.
Equipe de Enfermagem EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Keilla Martins (COREN-SP-82440)
Patrícia Martins de Mendonça (COREN: 021774)
Nenhum comentário:
Postar um comentário