Férias: Diversão com sossego
É possível
transformar as férias escolares em um período de tranqüilidade no condomínio.
Veja algumas
iniciativas que dão certo.
A chegada das férias escolares
muda a rotina das famílias e, principalmente, das crianças que passam a ter
mais tempo livre. É justamente nesses períodos que o número de acidentes
aumenta. Os pais ou responsáveis devem ficar atentos e reforçar a supervisão,
principalmente, nos locais com água como praia, clubes, colônia de férias, e
mesmo berçários e creches, que funcionam fora do período letivo.
Segundo levantamento da ONG
Criança Segura – feito a partir de dados sobre mortalidade do Ministério da
Saúde –, o afogamento ocupa o segundo lugar no ranking de mortes de crianças
por acidentes no Brasil (a primeira causa é o trânsito). No ano de 2010 foram
registrados 1.184 óbitos de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos.
Ainda de acordo com o estudo,
64% das mortes foram de crianças de 0
a 9 anos de idade. A maior incidência de óbitos por
afogamento ocorreu com a faixa etária de 9 a 14 anos (36%), seguido de perto pelo grupo
de 1 a 4
anos (35%). Na sequência estão crianças de 5 a 9 anos (26%) e bebês com menos de um ano
(3%). O levantamento revela que os meninos são as maiores vítimas (67%) em
relação às meninas (33%).
Adulto
Para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), dez segundos de desatenção por parte de um adulto podem ser suficientes para que uma criança se afogue em uma piscina, banheira ou mesmo em um balde. Por isso, antes de qualquer outra medida de segurança, é preciso haver sempre o acompanhamento de um adulto.
Para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), dez segundos de desatenção por parte de um adulto podem ser suficientes para que uma criança se afogue em uma piscina, banheira ou mesmo em um balde. Por isso, antes de qualquer outra medida de segurança, é preciso haver sempre o acompanhamento de um adulto.
“Criança se afoga até em casa. Se em um momento de
distração o adulto é negligente e deixa uma criança pequena sozinha na
banheira, enquanto vai apagar o fogo de uma panela no fogão, a criança pode
morrer afogada”, exemplifica o assessor de comunicação do CBMGO, major Claison
Alencar Pereira.
Quando tem piscina por perto à
situação não é diferente, já que as crianças não têm uma percepção clara de
risco. Cabe ao adulto o dever de estabelecer os limites do que a criança pode
ou não pode fazer e de cuidar para que a criança não os ultrapasse. “Essa regra
vai para pai, mãe, coordenador de berçário ou monitor de colônia de férias.
Eles devem ter critérios que os permitam ter o controle sobre as crianças. São
os responsáveis por elas”, enfatiza o major Alencar.
Em clubes, casa ou escola, supervisão de adulto é fundamental
Nos clubes, além da família há
outras pessoas como os guarda-vidas. O major explica que é preciso verificar se
há guarda-vidas supervisionando, se a brincadeira acontece em locais públicos e
se há sinalização de tamanho e de profundidade da piscina.
Casa
Mesmo em casa o adulto deve se precaver para deixar o ambiente seguro. Segundo a coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura, Lia Gonsales, em casa pode haver uma falsa sensação de que está tudo sob controle. “A supervisão ativa do adulto responsável deve ser a mesma em casa, no clube ou em qualquer lugar. Quando o ambiente é familiar do adulto e da criança a atenção deve ser até maior, pois os pais podem se distrair mais”, enfatiza.
Mesmo em casa o adulto deve se precaver para deixar o ambiente seguro. Segundo a coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura, Lia Gonsales, em casa pode haver uma falsa sensação de que está tudo sob controle. “A supervisão ativa do adulto responsável deve ser a mesma em casa, no clube ou em qualquer lugar. Quando o ambiente é familiar do adulto e da criança a atenção deve ser até maior, pois os pais podem se distrair mais”, enfatiza.
Uma dica para dar um pouco mais
de segurança para a criança é colocar um colete salva-vidas, mas não as boias
de braço, que são consideradas brinquedos. “Mesmo assim, o colete não tira o
papel de supervisão. Em casa ou em outro lugar a prevenção é a mesma.”, observa
Lia.
Outra atitude preventiva é dar
preferência para a entrada da criança na aula de natação a partir dos 4 anos de
idade. Lia comenta que nesta fase a criança passa a ter mais consciência do
corpo, já anda e já corre com mais autonomia em relação aos bebês.
No entanto, a coordenadora
adverte que o ensino da natação é apenas uma forma de prevenção, não dá
discernimento para a criança ir sozinha para a piscina. “A natação ou o colete
não tiram a responsabilidade de supervisão do adulto”, pontua.
Nos períodos em que a piscina
não é muito usada, durante o inverno ou período chuvoso, uma alternativa é a
instalação de redes que tampem a piscina.
“Ainda assim é preciso ficar
atento, pois a criança, até os 14 anos, não tem condição estrutural para
perceber o risco que correm. Isso acontece porque explorar faz parte do
desenvolvimento da criança. Esse comportamento é natural, mas o adulto precisa
fazer com que a criança faça essa exploração com total segurança. Tudo é uma
questão de ambiente mais supervisão”, resume.
Escola
O major do Corpo de Bombeiros Claison Alencar Pereira destaca que nas escolas que têm piscina, há a exigência de isolamento. O objetivo é impedir o livre acesso das crianças. Desta forma, elas não poderão utilizar o espaço sem que haja o acompanhamento de um responsável.
O major do Corpo de Bombeiros Claison Alencar Pereira destaca que nas escolas que têm piscina, há a exigência de isolamento. O objetivo é impedir o livre acesso das crianças. Desta forma, elas não poderão utilizar o espaço sem que haja o acompanhamento de um responsável.
A orientação da ONG Criança
Segura para os pais que continuarão trabalhando e optaram por deixar o filho em
um berçário ou colônia de férias é que, antes de fazerem a escolha, é
importante conhecer o local, verificar as instalações, se a piscina está
cercada ou com restrição de acesso.
Lia Gonsales observa que é
importante saber quantos adultos vão ter por criança. Segundo ela, o número depende
da idade e que o ideal é um adulto para quatro crianças de até 4 anos. “Se as
crianças forem um pouco mais velhas, o grupo poderá ser um pouco maior. De
qualquer forma, quanto mais adultos, melhor”, diz.
Orientação
Mesmo que a criança não tenha percepção de risco, é válido desde cedo conversar com ela sobre como se comportar quando estiver brincando na água. O adulto pode ressaltar a importância de respeitar a sinalização, obedecer às orientações do guarda-vidas e falar o que pode e o que não pode ser feito.
Mesmo que a criança não tenha percepção de risco, é válido desde cedo conversar com ela sobre como se comportar quando estiver brincando na água. O adulto pode ressaltar a importância de respeitar a sinalização, obedecer às orientações do guarda-vidas e falar o que pode e o que não pode ser feito.
Os pais também devem dizer para
os filhos que é errado empurrar o colega na piscina. A criança também não deve
não simular afogamento, pois isso pode mascarar uma situação mais grave. “Essas
informações podem ser dadas aos poucos de uma forma que elas entendam. Uma
coisa útil é ensiná-los a telefonar para os serviços de emergência e ter esses
números sempre à mão”, diz Lia.
A coordenadora adverte que a
criança deve nadar e brincar sempre acompanhada, pois sozinho é mais perigoso.
Confira algumas dicas de
segurança para evitar afogamentos de crianças
O primeiro passo ao constatar
um afogamento é manter a calma e ligar imediatamente para o serviço de
emergência 193. O bombeiro do outro lado da linha está apto a te orientar até a
chegada da viatura no local. Por incrível que pareça, muita gente, no momento
de tensão, até esquece o número do Corpo de Bombeiros Militar.
Nunca deixar uma criança
sozinha quando estiver próxima da água.
Crianças devem usar colete
salva-vidas sempre que estiverem próximas de área de banho.
Boias de braço não são coletes
salva-vidas.
Mantenha baldes e bacias com
água fora do alcance das crianças e deixe os vasos sanitários sempre com a
tampa fechada.
Mantenha as portas dos
banheiros e lavanderias sempre fechadas.
Crianças em banheiras devem ser
observadas a cada segundo.
Ensine a criança a nadar após
os quatro anos.
Tenha certeza de que áreas são
seguras onde as crianças nadam: rios, lagos e praias. Cavas, tanques de pesca e
represas não são locais seguros para banhos.
Em praias, dê preferência aos
locais supervisionados por salva-vidas.
Isole a piscina – faça uma
cerca de proteção com altura mínima de 1.50m e 12cm no máximo entre as barras
verticais. O cercamento reduz os afogamentos de 50% a 70%.
Evite colocar brinquedos próximos
à piscina. Isto atrai as crianças. Mais de 40% dos proprietários de piscinas
não sabem realizar os primeiros socorros.
Evite deixar objetos flutuantes
no interior da piscina (bóias, brinquedos e câmaras de ar), que atraiam a
curiosidade das crianças.
Crianças devem sempre estar sob
a supervisão de um adulto. Oitenta e nove por cento (89%) das crianças não têm
supervisão durante o banho de piscina. Oitenta e quatro por cento (84%) dos
afogamentos em piscinas ocorrem por distração do adulto (hora do almoço ou
após).
Leve sempre as crianças com
você caso necessite afastar-se da piscina.
Boa parte dos afogamentos
acontece em razão de 10 segundos de desatenção, tempo, por exemplo, de pegar
uma toalha.
(Fonte: Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás – CBMGO)
Equipe de
Guarda-Vidas da EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Ligia Zangirolami Noronha (CREFI: 082886-G/SP)
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