terça-feira, 4 de dezembro de 2012

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Cuidados com a saúde dos adolescentes durante as férias


Para muitos jovens, as férias são a oportunidades que faltava para viajar, ir às festas, namorar, praticar esportes, ir a clubes aquáticos e à casa dos amigos. A rotina toda muda e a diversão é prioridade, o que os deixa mais propensos a contrair doenças sem perceber.
Os adolescentes e a juventude em geral possuem um comportamento de maior risco devido a certa tendência de acreditar que nada vai acontecer com eles. Isso os deixa mais suscetíveis a infecções que se originam nos lugares frequentados por eles como ambientes fechados (boates, clubes e outras festas) onde ocorre o compartilhamento de copos e outros utensílios ou a troca constante de parceiros afetivos e sexuais (carnaval, micaretas etc.).
A hepatite B, por exemplo, é transmitida sexualmente, pelo beijo, por contato com sangue, que pode ocorrer na manicure e no dentista, e durante o parto. Só no Brasil, 2 milhões de pessoas sofrem da foram crônica da doença. Já a hepatite A é transmitida através da água e alimentos contaminados, além de beijo na boca e até do simples compartilhamento de bebidas, comum de ocorrer nos bares. Ao escolher um parceiro sexual desconhecido em uma festa ou balada, muitos se preocupam com a AIDS. Mas fique sabendo que estudos mostram que a hepatite B é 100 vezes mais contagiosa do que a AIDS. Algo de se pensar, não? 
Adolescentes não vacinados na infância contra as hepatites A e B devem ser vacinados o mais precocemente possível contra essas infecções. A vacinação contra a hepatite B está disponível na rede pública até os 29 anos. Para indivíduos acima de 29 anos e para se prevenir contra a hepatite A deve-se recorrer a uma clínica privada.
Outras práticas típicas das férias, como caminhar descalço em terrenos estranhos, fazer trilhas por ambientes silvestres ou viagens para áreas endêmicas no Brasil e do exterior também, colocam grande risco à saúde do adolescente.
O sarampo é uma das doenças que estão sendo “importadas” durante as viagens ao exterior, o que aumenta o risco da população voltar a sofrer do vírus. Aqui fica a dica para os jovens e adolescentes que costumam viajar para outros países: é importante lembrar-se da prevenção antes de fazer as malas.
Especialistas defendem que o viajante esteja com a vacinação em dia, seja para não levar doenças imunopreveníveis para outras localidades ou para não ser agente de “importação”. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) está disponível em postos públicos de vacinação e recomenda-se dose única para adolescentes previamente vacinados e duas doses (com intervalo mínimo de 30 dias entre elas) para aqueles que nunca receberam essa vacina.
A prevenção contra o HPV é de extrema relevância, principalmente em relação aos jovens. A cada ano, adolescentes iniciam a vida sexual mais cedo, muitas vezes sem usar camisinha, principal método de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis – DSTs. A vacinação contra o papilomavírus humano, normalmente direcionada as mulheres até 26 anos, foi aprovada recentemente pela ANVISA para meninos da mesma faixa etária. Também há a possibilidade de ampliação da faixa etária beneficiada pela vacinação para as mulheres acima de 25-26 anos.
A vacinação ajuda na prevenção de câncer de colo de útero, segundo Renato Kfouri. Já a médica Isabella Ballai, presidente da regional Rio de Janeiro da SBIM, aponta que “apesar de a vacinação ser essencial, não elimina a necessidade de jovens mulheres realizarem anualmente o exame preventivo Papanicolau, nem dispensa o uso de preservativos durante a relação sexual”.
Para os jovens e adolescentes que querem se divertir nas férias, fiquem em mente que é melhor se proteger para não ter nenhum problema e poder curtir até o último dia deste tão desejado período.



Equipe de Enfermagem EEFMT Professora Dagmar Ribas Trindade
Patrícia Martins de Mendonça (COREN: 021774)

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