Cuidados com a saúde dos adolescentes durante as férias
Para muitos jovens, as férias são
a oportunidades que faltava para viajar, ir às festas, namorar, praticar
esportes, ir a clubes aquáticos e à casa dos amigos. A rotina toda muda e a
diversão é prioridade, o que os deixa mais propensos a contrair doenças sem
perceber.
Os adolescentes e a juventude
em geral possuem um comportamento de maior risco devido a certa tendência de
acreditar que nada vai acontecer com eles. Isso os deixa mais suscetíveis a
infecções que se originam nos lugares frequentados por eles como ambientes
fechados (boates, clubes e outras festas) onde ocorre o compartilhamento de
copos e outros utensílios ou a troca constante de parceiros afetivos e sexuais
(carnaval, micaretas etc.).
A hepatite B, por exemplo, é
transmitida sexualmente, pelo beijo, por contato com sangue, que pode ocorrer
na manicure e no dentista, e durante o parto. Só no Brasil, 2 milhões de
pessoas sofrem da foram crônica da doença. Já a hepatite A é transmitida através
da água e alimentos contaminados, além de beijo na boca e até do simples
compartilhamento de bebidas, comum de ocorrer nos bares. Ao escolher um
parceiro sexual desconhecido em uma festa ou balada, muitos se preocupam com a
AIDS. Mas fique sabendo que estudos mostram que a hepatite B é 100 vezes mais
contagiosa do que a AIDS. Algo de se pensar, não?
Adolescentes não vacinados na
infância contra as hepatites A e B devem ser vacinados o mais precocemente
possível contra essas infecções. A vacinação contra a hepatite B está
disponível na rede pública até os 29 anos. Para indivíduos acima de 29 anos e
para se prevenir contra a hepatite A deve-se recorrer a uma clínica privada.
Outras práticas típicas das
férias, como caminhar descalço em terrenos estranhos, fazer trilhas por
ambientes silvestres ou viagens para áreas endêmicas no Brasil e do exterior
também, colocam grande risco à saúde do adolescente.
O sarampo é uma das doenças que
estão sendo “importadas” durante as viagens ao exterior, o que aumenta o risco
da população voltar a sofrer do vírus. Aqui fica a dica para os jovens e
adolescentes que costumam viajar para outros países: é importante lembrar-se da
prevenção antes de fazer as malas.
Especialistas defendem que o
viajante esteja com a vacinação em dia, seja para não levar doenças
imunopreveníveis para outras localidades ou para não ser agente de
“importação”. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) está
disponível em postos públicos de vacinação e recomenda-se dose única para
adolescentes previamente vacinados e duas doses (com intervalo mínimo de 30
dias entre elas) para aqueles que nunca receberam essa vacina.
A prevenção contra o HPV é de
extrema relevância, principalmente em relação aos jovens. A cada ano,
adolescentes iniciam a vida sexual mais cedo, muitas vezes sem usar camisinha,
principal método de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis – DSTs.
A vacinação contra o papilomavírus humano, normalmente direcionada as mulheres
até 26 anos, foi aprovada recentemente pela ANVISA para
meninos da mesma faixa etária. Também há a possibilidade de ampliação da faixa
etária beneficiada pela vacinação para as mulheres acima de 25-26 anos.
A vacinação ajuda na prevenção
de câncer de colo de útero, segundo Renato Kfouri. Já a médica Isabella Ballai,
presidente da regional Rio de Janeiro da SBIM,
aponta que “apesar de a vacinação ser essencial, não elimina a necessidade de
jovens mulheres realizarem anualmente o exame preventivo Papanicolau, nem
dispensa o uso de preservativos durante a relação sexual”.
Para os jovens e adolescentes
que querem se divertir nas férias, fiquem em mente que é melhor se proteger
para não ter nenhum problema e poder curtir até o último dia deste tão desejado
período.
Equipe de Enfermagem EEFMT
Professora Dagmar Ribas Trindade
Patrícia Martins de Mendonça
(COREN: 021774)
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